Os policiais Penais decidiram em todo o Estado do Acre não tirarem mais o chamado BH (banco de horas), serviço extra que é oferecido aos Policias Penais que estão na folga, de acordo com informações dos próprios PPs, esse serviço extra não é obrigatório e faz o uso quem quer. A categoria alega que o governo fechou os olhos para a classe, sendo hoje a mais desvalorizada da segurança pública e que durante a campanha o Governador Gládson, até assinou um documento fazendo compromisso com a classe, mas, mesmo após quase 03 anos, esses mesmos pedidos que o governo se comprometeu foram negados.
FALTA DE EFETIVO
Com a falta de efetivo, já que o governo não realiza concurso há 13 anos, sem a presença do reforço do banco de horas fica impossível somente para a equipe do dia dar conta da demanda nas unidades, desse modo, os Policias Penais obedecem o que eles chamam de POP – Procedimento Operacional Padrão, onde prevê que é necessário a presença de dois policiais Penais para cada preso atendido, o que se torna humanamente impossível para as equipes do dia darem conta, por conta da grande demanda e do alto Índice de apenados. Importante destacar que desde 2007 o governo do Acre não realiza concurso, fato que fez inclusive com que o Ministério Público do Acre (MP-AC) entrasse com uma ação civil pública recomendando que o Estado realizasse concurso, mas, até agora nada.
SEM ACORDO
Governo pede que policiais penais voltem a fazer o banco de horas e que iria sentar com os representantes sindicais e associação sinalizando positivo para as 03 principais pautas da categoria, o que de fato não aconteceu por parte do governo referente as 03 pautas e revoltou ainda mais a categoria.
REFORÇO DA PM
Após o Iapen através do Governo do Estado emitir uma nota convocando a PM para reforça a segurança nos presídios a situação piorou ainda mais, pois, vários chefes e coordenadores entregaram seus cargos para o Iapen em presídios de todo o Estado a começar por Sena Madureira, Presídio Feminino de Rio Branco, Quinari, e por último os Policiais Penais de Cruzeiro do Sul também estregaram seus cargos, provavelmente ocorrerá em todos os presídios do Estado segundo uma fonte da categoria, o que pode agravar ainda mais a situação.
Nota dos Policias Penais do Juruá
Os servidores ocupantes de cargos de confiança nas unidades penitenciárias de Cruzeiro do Sul/AC – Josimar Alves, Cleilson Bezerra, Elias Melo, Fabiano Lucena, Vanderian Souza, Altemir Mendes, Luciano Fontana, Raimundo Nonato, José Pereira, Dalvanir Batista, Erisson Souza, Vanderlan Oliveira, Albanisio Maia, Ageu Ibernon, Maria Rosanete, Maria José e Rigiane Soares, vêm por meio deste comunicado informar que a partir desta data não farão mais parte do quadro de servidores em função de confiança destas Unidades Prisionais. Desta forma, estamos entregando os cargos em razão da não aceitação convicta e clara da forma com que o Governador do Estado Gladson Cameli, bem como a pessoa do Diretor Presidente Arlenilson Cunha vêm se portando, de forma contrária as nossas reivindicações, tentando de todas as formas fazer cessar o movimento. Movimento este que se dá de forma pacifica e ordeira, e principalmente dentro da lei.
Sobre o nosso manifesto, vale ressaltar que em nenhum momento os policiais penais estão procurando atrapalhar o bom andamento dos serviços nas unidades prisionais, estamos somente buscando trabalhar dentro das normas legais que o serviço policial exige, e que nossas reinvindicações são legais, justas e merecidas e que beneficiará a todos.
O governo do Acre no final da tarde de hoje 29, lançou uma nota divulgando que vai pedir para a Assembleia Legislativa do Acre o retorno da lei orgânica da Polícia Penal e que está aberto ao diálogo apenas com o presidente do sindicato, deixando de fora o Eden Azevedo, que é hoje a maior liderança da categoria e presidente da associação dos policiais penais.
Eden se pronunciou em nota
A QUEM INTERESSA CALAR POLÍCIA PENAL?
ABSURDO: Governo do Acre retira Lei Orgânica da Polícia Penal da ALEAC e proíbe ASSPEN de exercer seu papel constitucional
A Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen) vem a público repudiar a atitude covarde do Governo do Acre de retirar da pauta de votação da ALEAC a Lei Orgânica da Polícia Penal e de tentar sufocar a categoria proibindo a Asspen de participar das negociações .
A Associação reafirma sua representação conferida pelos mais de 900 filiados e, de antemão, informa que tomará as medidas cabíveis para garantir o cumprimento do seu papel constitucional.
Por fim, a Asspen lamenta a condução desastrosa e autoritária dos representantes deste Governo, que dia após dia, tentam calar um movimento legítimo, com reiterados abusos e episódios de desrespeito e humilhação aos Policiais Penais do Acre.
”Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera”.
Eden Alves Asevedo
Presiden